Título: Milhões a voar – As mentiras que nos contaram sobre a TAP
Autores: André Pinção Lucas e Carlos Guimarães Pinto
Género: Não Ficção, Política
Data de Lançamento: Janeiro 2022
Editora: Alêtheia Editores
Páginas: 154
ISBN: 9789899077331
Classificação: 5/5
Terminado em Janeiro 2022
Wook: Milhões a voar – As mentiras que nos contaram sobre a TAP
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Um abre-olhos.
Um livro que desconstrói os 7 argumentos mais utilizados para defender a injeção de dinheiro público na TAP. Um por um, com dados, factos e muita pesquisa são contrapostos e derrotados
Principais conclusões e citações
- Não é a TAP que serve o turismo, é o turismo que alimenta o negócio da TAP.
- Mesmo sendo a TAP um grande exportador em valor absoluto, ao fazê-lo com prejuízos, o seu efeito positivo nao é relevante para a economia.
- A injeção de dinheiro é desproporcional ao número de empregos salvos e seria irrealista acreditar que os trabalhadores da TAP não seriam contratados para outras empresas.
- O argumento da receita de impostos para o estado não faz sentido porque: 1) A TAP não paga impostos sobre o lucro, porque, adivinhem, não o tem e 2) a receita que é trazida a discussão refere-se a receitas de impostos sobre o trabalho que chegariam aos cofres do estado empregando as pessoas noutras empresas.
- Mais: sim, é possivel um país sobreviver sem uma companhia de bandeira nacional, como provam outros exemplos europeus e, ainda, seria mais barato subcontratar rotas e voos específicos do que suportar uma companhia inteira, por sua vez falida.
- Não podemos comparar o apoio da TAP ao de outros países a companhias aéreas porque:
« Nenhum outro país colocou uma parcela tão grande do seu PIB e da sua despesa pública ao serviço de uma companhia aérea »
Enquanto noutros casos o dinheiro seria devolvido, no caso da TAP falamos de uma transferência a fundo perdido.- Portugal terá já injetado 4 mil milhões de euros na TAP « correspondente a metade da despesa anual em educação e mais do dobro do que se gasta em justiça».
- Assumindo que a partir do próximo ano a TAP terá, todos os anos, um resultado igual ao do seu melhor ano, demoraria 35 anos para devolver os apoios públicos.
Consigo pensar em muitas outras melhores formas de utilização do dinheiro dos contribuintes.



